“MANGUEIRÃO” | O santanense que jogou na inauguração do maior Estádio do Norte do Brasil

Time oficial do Clube do Remo (PA) em 1978
O Estádio Olímpico Estadual Jornalista Edgar Augusto Proença, conhecido popularmente como “Mangueirão” por ter sido construído para ser parecida com uma manga, fruta típica de Belém (PA), completa neste domingo (4), quatro décadas de sua inauguração oficial. 

A principal praça esportiva do Estado do Pará é conhecida por receber os clássicos entre Clube do Remo e Paysandu, partidas da Seleção Brasileira e o Grande Prêmio de Atletismo. 

O “Mangueirão” surgiu do desejo do então governador do Pará, Alacid Nunes, em criar um estádio com capacidade para cerca de 120 mil pessoas. O projeto foi do arquiteto paraense Alcyr Meira e a sua construção iniciou em 1971. 

Estádio Mangueirão (PA) na década de 1970
Os primeiros jogos sem destaque aconteceram em 1975, porém a praça esportiva só foi concluída em março de 1978, com capacidade para 70 mil pessoas. 

O primeiro jogo extraoficial do estádio aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1978, na vitória do Clube do Remo diante do Operário (MS), pelo Campeonato Brasileiro de 1977. Porém, a data escolhida para a inauguração oficial do Mangueirão foi o dia 04 de março de 1978. 

Coló no juvenil do Santana Esporte Clube
Um Amapaense na inauguração 
Claudomiro Guedes é o seu nome. Teve uma passagem rápida pelo futebol de Santana, o segundo maior município do Estado do Amapá. Nasceu em 19 de novembro de 1959, no bairro do Trem, nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Conceição (em Macapá). Com três meses de vida, foi levado para a vila portuária de Santana e de lá nunca mais saiu. 

Começou no futebol do dente de leite do Santana esporte Clube, onde foi campeão por duas temporadas. Nessa época, já iniciavam nomes que se tornariam referencia no futebol amapaense, tais como Coroca, Toca, Gioavani, Bicho de Goiaba, Tola, Joca e Coca. O treinador era o popular Arimatéia. 

Coló ainda participa de encontros de futebol
Permaneceu no dente de leite do Santana até os13 anos. Com 14 passou para o juvenil e com 15 anos começou a treinar no time principal, onde já despontavam nomes como Cazé, Antônio Trevisani, Haroldo Santos, Assis e Praxedes, entre outros jogadores. 

Coló – como já era conhecido nos meios sociais e esportivos – jogava na meia esquerda com a habilidade da perna canhota. O treinador Sávio Ferreira o guindou ao time principal, vendo-o jogar pelos juvenis. 

Integrando o time master do Santana Clube
Aos 16 anos, com bom desempenho nos gramados, fez com que Sávio o indicasse para o Clube do Remo. Viajou para Belém (PA) e se apresentou ao plantel juvenil do Leão Azul do Pará. 

Jogou pelo clube azulino, tendo como lembrança aquela histórica partida de inauguração do gigantesco Estádio “Mangueirão”, onde integrou a preliminar do jogo principal entre Clube do Remo e Operário de Mato Grosso (MS), pelo Campeonato Brasileiro. Esse jogo foi vencido pelo seu time por 1 x 0, com gol marcado por Mego. 

Atualmente Coló é vereador de Santana
“Uma emoção enorme ver tanta gente ali presente, assistindo aquele jogo histórico, e saber que fui testemunha tão ligada ao momento”, conta o ex-jogador Coló, com exclusividade ao blog. 

Passado alguns meses, Coló voltou para o Amapá e em Santana passou a atuar no Independente Esporte Clube, que tinha na época Bento Góes de Almeida como requisitado treinador. Na equipe principal de campo, estavam nomes como Marcelino, Tauires, Rafael, Julinho, Edinho, Socó, Camecran, Dida, e outros. 

Um homem público
Coló não chegou a ser campeão amapaense e nem participou de nenhum Copão da Amazônia, mas sempre manteve contatos com os principais clubes do Estado do Amapá.

Aos 19 anos passou a jogar amistosamente, por que estudava para se preparar para o concurso do Banco do Brasil, em que foi aprovado em 1982 e após começar a trabalhar, as dificuldades aumentaram em relação ao seu contato com os campos de futebol. 

Foi então que resolveu abandonar aquela paixão para se dedicar exclusivamente ao emprego no Banco do Brasil. 

Em 1987, Coló passa a se envolver em eventos assistenciais e devido sua influência sócio-esportiva, se candidata ao pleito de vereador constitucional do recém-criado município de Santana, sendo o 4º mais votado. 

Sua aceitação como homem público tem sido tão positiva que mesmo hoje, aos 58 anos de idade, segue no seu 7º mandato como representante no legislativo santanense, onde também se mantém presente em constantes eventos, ainda atuando na equipe máster do Santana Esporte Clube.

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