1972 | Explosão de barco em Santana relembra outra tragédia no mesmo local

Aspecto do Porto de Santana na década de 1970
O pânico vivido no Porto de Santana na tarde desta terça-feira (09/01) fez com que as autoridades marítimas intensificassem as vistorias e fiscalizações de vários trechos ao longo do Rio Amazonas. 

Apesar das buscas por pessoas desaparecidas terem encerrado no local, a Capitania dos Portos confirmou a morte de duas pessoas, ocasionada pela explosão do barco Rio Jordão IV, ocorrido em frente a um terreno de propriedade da Prefeitura de Santana (onde estão as estruturas inacabadas do Terminal Hidroviário da cidade). 

Segundo a Capitania, as causas da explosão ainda estão sendo apuradas, mas uma das informações preliminares é que havia uma grande quantidade de combustível no interior da embarcação, o que pode ter favorecido durante ocorrido. 

Incêndio deixou saldo de 16 mortos naquele ano
Para alguns antigos moradores – que residem na área portuária de Santana – o sinistro teve grande semelhança com o incêndio do Barco “Veloso”, ocorrido em 10 de fevereiro de 1972, nas mesmas proximidades do fato que aconteceu nesta terça-feira (09). 

De acordo com relatos, o “Veloso” estava ancorado numa área onde hoje seria o atual Porto do Grego, quando o mesmo foi inesperadamente atingido – por volta das 4h da madrugada daquele dia – pelas chamas de um fogo provocado do escapamento de outra embarcação que estava próxima. 

Na ocasião, dezesseis (16) pessoas morreram totalmente carbonizadas, entre elas, sete membros de uma única família (que era proprietária do barco “Veloso”). 

As chamas chegaram a atingir seis embarcações que estavam atracadas no porto privado e no porto da ICOMI. 

Incêndio teve repercussão nacional
“Fomos acordados pelo barulho das explosões dos tanques que óleo que estavam emcima desse barco. Muitos pensavam que era o fim do mundo”, relembra o aposentado Raimundo Dias, de 79 anos. 

O aposentado conta que trabalhava como vigilante na mineradora ICOMI e testemunhou a angústia das pessoas que gritavam atrás de informações durante o incêndio. 

“Como ainda estava escuro, muita gente se aglomerou no local do porto e gritavam por socorro, mas ninguém se encorajava de nadar até lá perto do barco que estava pegando fogo”, detalha. 

Desde então, a Capitania tem buscado alertar os proprietários de embarcações (de pequeno e médio porte) sobre os cuidados durante o processo de abastecimento dos navios, evitando que algumas situações sejam tomadas de modo irregular. 

Outros detalhes sobre a explosão do barco “Veloso” foram contadas pelo blog em 2017, basta clicar no link.

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