Ilha de Santana teve mais de 700 casos de malária somente em 2017

Somente na Ilha, mais de 700 casos de malária
De janeiro até o início desse mês de dezembro, já foram registrados pelo menos 712 casos de malária no distrito rural de Ilha de Santana, localizado em frente à sede municipal de Santana. 

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde (Semsa), o trecho mais afetado pela doença na região envolve os moradores que residem próximo de lagos que acumulam plantações que não receberam qualquer cuidado do setor de saúde. 

Segundo o coordenador de Vigilância Sanitária em saúde de Santana Ezequias Cardoso, até o início dessa semana, outros novos casos foram registrados na Ilha. 

Agentes procuram precaver os imóveis
“Entre junho até setembro é que os casos começaram a emergir devido ao clima, é quando as pessoas passaram a procurar imediatamente a Unidade de saúde da Ilha de Santana”, relata. 

O coordenador afirma que o combate começou no início do mês de setembro, já que alguns criadouros teriam sido supostamente descobertos. 

“Há alguns meses, iniciamos um trabalho de fumacê na área durante a noite e a madrugada, o objetivo é matar essas larvas. Estamos trabalhando desde o início do semestre devido a grande demanda. Descobrimos que existem focos em locais bem escondidos da ilha, que servem há muito como criadouros dos mosquitos”, disse Ezequias. 

Casos 
Na casa da doméstica Sandrelúcia Corrêa foram registrados quatro casos de malária, todos contraído de uma só vez. 

Vigilância Sanitária conversando com moradores
“Minha filha foi a primeira a ficar doente, foi medicada por três dias e liberada com diagnostico de enxaqueca. Só depois é que ela fez o teste pra malária que deu positivo, e pôde ser tratada. Alguns dias depois meu filho teve os mesmos sintomas e fomos para o hospital de Santana e ao fazer o exame, deu positivo. Agora usamos repelente em casa, por que eu também cheguei a pegar no final do mês passado”, contou a doméstica. 

Para conscientizar a população da Ilha , aos agentes da Vigilância Sanitária de Santana continuarão a manter conversas pessoalmente com os moradores, explicando sobre a transmissão da doença, locais de possíveis criadouros e demais informações. 

“Aconselhamos as pessoas a usarem repelente, fechar as portas e janelas a partir das 17h, usar cortinados, telas nas janelas, evitar ficar nas pracinhas dos bairros até tarde, para evitar ser infectado pelo mosquito transmissor”, explica Ezequias.

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