Servidores de Santana irão manter greve por tempo indeterminado

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (09/11) uma greve de tempo indeterminado por cerca de 500 servidores municipais de Santana, segundo maior município do Amapá. 

A paralisação foi provocada após os trabalhadores terem os nomes negativados e linhas de créditos restringidas mesmo com descontos salariais. 

Os problemas foram ocasionados nos bancos porque a prefeitura não efetuou o repasse dos consignados e do Instituto de Previdência do Município (Sanprev). Outro ponto levantado é sobre a falta de pagamento do mês de outubro até o quinto dia útil. 

A prefeitura de Santana informou que enfrenta a “pior crise financeira da história” com mais de R$ 300 milhões em dívidas, herdada de outras gestões. De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Kenedy Sadala, a falta de repasse ocorreu em anos anteriores a atual gestão. 

“Consignados que não foram repassados são das gestões anteriores. Mas, desse ano todos os meses foram repassados. A gente está tentando negociar com o banco, porém não temos ainda recursos para iniciar esse processo”, disse. 

Sobre a falta de pagamento em dia, a prefeitura destacou que teve um bloqueio de R$ 600 mil pela Justiça, mas que até segunda-feira (13), todos os salários dos servidores serão atualizados. Segundo Kenedy Sadala, este é o primeiro atraso de pagamento registrado em 2017. 

De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores Municipais de Santana (SSMS), Ronaldo Corrêa, o número de adeptos a paralisação pode aumentar. Ele ressalta que a partir de sexta-feira (10) servidores da educação, saúde e segurança vão cruzar os braços. 

“A indignação não é só minha, é de todos os servidores que não tendo mais acesso aos créditos e empréstimos por estarem com nomes negativados. O trabalhador não está mais conseguindo sustentar a família com as dívidas de energia e água porque não tem data de pagamento de salário. Corre-se o risco de não haver pagamento de dezembro e 13º salário”, enfatizou. 

Informações do G-1 Amapá

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