Barco Reis I naufragou no retorno à Santana |
Uma dor que pelo menos dezoito (18) famílias ainda carregam, quatro anos depois, de um naufrágio que mais uma vez marcaria a historia da navegação amapaense na manhã daquele triste dia 12 de outubro de 2013.
A aposentada Valmira Conceição, de 46 anos, já retornava do Círio de Nossa Senhora Aparecida, que acontecia na capital Macapá, quando recebeu o convite de um amigo – que residia em Santana – para embarcar numa viagem que deixou um saldo negativo para várias famílias e uma comoção incalculável para todo o Estado do Amapá.
A costureira, que mora no bairro Central do município de Santana, havia seguido de ônibus intermunicipal para o Círio de Macapá e no retorno foi convidada de modo inesperado por um amigo para voltar através de barco.
Barco teria tombado inesperadamente |
Após a saída do Barco Reis I do porto da área do bairro Santa Inês, segundo Valmira, foram normais nos primeiros 10 a 20 minutos, até que a embarcação teria virado de modo inexplicável.
“Ele (o barco) chegou a dar algumas balançadas de momento e de repente ‘emborcou’ para o lado. Não deu chance para fazer muita coisa naquele momento”, detalhou.
De acordo com relatos, a tragédia só não foi maior devido outras embarcações – que também retornavam para Santana pelo Rio Amazonas –, estavam próximas ao Barco Reis I, e quando testemunharam o seu tombamento, logo procuraram prestar auxílio.
Outros barcos ajudam no resgate das vítimas |
Valmira conta que o episódio lhe deixou um trauma em relação à viagens em embarcações e recentemente concluiu um tratamento psicológico que manteve por quase um ano, tudo em razão ao triste ocorrido.
“Só quem passa por uma situação dessas sabe o que é carregar um medo de viajar de barco. Sei que nasci de novo e essa segunda chance vou zelar bem mais por ela”, garantiu de modo humorado a aposentada, apesar de conter as lágrimas durante a entrevista.
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