Inaugurada há exatos 30 anos, primeira escola do bairro Paraíso se encontra inacabada

Obra da escola segue em ritmo lento
Quem tem mais de 30 anos com certeza deve se lembrar de um pequeno prédio que havia no cruzamento da Rua Garrastazu Médici com a Avenida José de Anchieta, no bairro Paraíso, em Santana. 

Seguindo uma moldagem bem simples de prédio para a sua época, foi exatamente naquela manhã do dia 11 de agosto de 1987 (numa terça-feira) que o então prefeito de Macapá Raimundo Azevedo Costa entregaria a 1ª entidade de ensino daquele hoje seria um dos bairros mais populosos da cidade de Santana. 

Como a cidade ainda era distrito de Macapá, o novo educandário seria considerado por alguns pioneiros como “patrimônio constituinte”, pelo fato de ter sido inaugurada quatro meses antes da emancipação política do atual município de Santana. 

Frente da escola Ângelo Biraghi em 2012
Com o nome de Escola de 1º Grau Jardim Paraíso, funcionaria inicialmente em dois turnos com pré-escolar e 1ª a 4ª série. Somente no final daquele ano que um decreto municipal daria um novo nome à instituição: Padre Ângelo Biraghi, numa homenagem a um dos religiosos pioneiros no Amapá. 

Para aquele primeiro ano letivo, foram ofertadas 200 vagas que logo foram preenchidas por filhos de moradores do bairro Paraíso e adjacências. 

“A cidade ainda não estava tão longe, mal chegava na (rua) Tancredo Neves e a escola era a maior referência de educação que estava se mostrando para a época”, relembra pedagogo Welder Oliveira, que reside no bairro há mais de três décadas. 

Hoje com quase 40 anos, o pedagogo conta que o espaço da quadra da escola foi palco de inúmeros eventos culturais e até encontros políticos. 

“Assisti várias apresentações escolares e torneios de futebol nesse local. Até nomes fortes da política nacional (como Ulisses Guimarães) discursou numa reunião política aqui na campanha de 1989”, relatou. 

Porém, diferente daquele período áureo da história recente da educação santanense, a Escola Municipal Padre Ângelo Biraghi vive atualmente um quadro lamentável. 

Em meados de 2015, a Secretaria Municipal de Educação de Santana constatou que o prédio da entidade já apresentava sérios danos físicos, colocando em risco as classes de alunos e funcionários. 

“Faremos de tudo para não prejudicar os alunos e nem o calendário escolar”, garantiu na época a secretária de Educação de Santana Antônia Guedes. 

Após efetuarem a distribuição dos estudantes por outros anexos escolares, o prédio entrou em fase de reforma com previsão de conclusão em menos de sete meses, o que acabou não sendo cumprindo. 

Placa de 2016 indicava apenas 06 meses de obras
Pelo menos duas paralisações as obras sofreram nos últimos dois anos, na qual está orçada em pouco mais de R$ 1 milhão de reais. 

“Queremos ver se conseguimos agora entrega-la no prazo máximo de 90 dias”, prevê um funcionário da atual empresa que assumiu os trabalhos de reforma do educandário.

Nenhum dos quatro blocos que foram o complexo de ensino da escola conseguiram ser concluídos, se mantendo ainda apenas um imenso muro que cerca a extensa daquele que já foi uma das melhores escolas da cidade. 

Durante a semana, o blog procurou a Secretaria Municipal de Educação para buscar maiores esclarecimentos, mas ninguém se pronunciou sobre a situação.

Comentários

  1. Só uma observação, a escola entrou em reforma no mês de junho do ano de 2014 e não em 2015.

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