Em reunião, MP-AP repassa a trabalhadores da Zamin situação de audiência na Embaixada Britânica

Os ex-funcionários da empresa Zamin Amapá Mineração estiveram na Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), na manhã do último dia 24/02, para saber detalhes das ações coordenadas empreendidas pela instituição em Brasília-DF e São Paulo-SP, no decorrer da semana, em busca de solução para os problemas provocados pela mineradora. 

Além dos danos ambientais e econômicos, a empresa causou danos sociais ao dispensar a mão de obra e não honrar com o pagamento de salários e direitos trabalhistas, além de fornecedores. 

Os trabalhadores representados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Mineração, Paulo Façanha, procuraram o promotor de Justiça Wueber Penafort, titular da Promotoria de Justiça de Porto Grande para saber a respeito da reunião na Embaixada Britânica, no Distrito Federal. 

O membro do MP-AP é referência por acompanhar o processo desde a titularidade na Promotoria de Justiça de Serra Navio, quando ajuizou as primeiras ações contra a mineradora. 

Na reunião, foi feita denúncia da presença de outra empresa em Ferreira Gomes querendo atuar em Tartarugalzinho, onde a Zamin operava uma pequena mina de ferro sob a denominação de Zamapá. Solicitaram, ainda que o MP-AP atue para que a Anglo Ferrous assuma as responsabilidades de pagamento dos direitos adquiridos, visto ter vendido seus ativos para a Zamin. 

Wueber Penafort informou sobre a audiência com o embaixador do Reino Unido, Wasmim Mir, para tratar sobre as consequências da exploração de minério de ferro no Amapá por empresas britânicas, agendada pelos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre, em que participou junto com o procurador-geral de Justiça, Roberto Alvares, e dos promotores de Justiça que atuam nas Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Macapá e Santana, Ivana Cei (coordenadora), Marcelo Moreira e Adilson Garcia, além do prefeito de Serra do Navio, Elson Belo; do procurador do Estado, Luis Starling, e do representante da OAB/AP, Galliano Cei. 

O promotor Wueber disse, ainda que vai acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que verifique a real intenção dessa nova empresa denunciada pelos presentes. 

“A Zamin está propondo um novo plano de prestação de contas, esperamos que seja favorável para todos. Marcarei uma reunião para a próxima sexta-feira (3) com o MPT e os promotores de Justiça Marcelo Moreira e Adilson Garcia para que possamos buscar outras respostas e subsídios para os trabalhadores. Nosso intuito é garantir o pagamento dos trabalhadores, credores e afins e, a fim de amparar os trabalhadores e empresas atingidas”, ponderou o promotor. 

Participaram dessa reunião, Marivaldo da Silva, da Nova central do Sindicato de Trabalhadores, e o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI).

Informações do MP-AP

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