Justiça condena envolvidos em morte de ex-vereador do Afuá: “Justiça foi feita!”

Julgamento durou quase 24hs ininterruptas
O dia 05 de dezembro de 2016 entra para a história do município de Afuá, após presenciar um dos mais intensos julgamentos já realizados na cidade. 

Com duração de quase 24hs ininterruptas, sentou de frente com a Tribuna do Júri os suspeitos de terem assassinado o ex-vereador paraense Sérgio Malaquias, quando o mesmo viajava em uma embarcação, em crime ocorrido em julho de 2015

O crime – que teve grande repercussão na região de Afuá e Breves – ajudou a polícia na localização dos dois principais suspeitos de terem cometido: Pedro Paulo Lacerda (Vulgo “Pelado”) e Matuzalém Martins foram presos cerca de 20 dias após a ação criminosa. Para a família do ex-vereador, o momento se mostrou “único e justo” para deixar de exemplo que a justiça cumpre com cidadão o seu papel para com atitudes desse tipo. 

Todas as testemunhas foram ouvidas pelo Juiz
“Vale a pena esperar pela justiça sim, e que ninguém aja segundo as suas fragilidades emocionais”, disse a professora Renilce França, irmã do ex-vereador. 

Corpo Jurídico presente no julgamento em Afuá
Segundo Renilce – que esteve acompanhando incansavelmente toda a apuração do julgamento durante as quase 24hs – considerou positivo e satisfatório o resultado alcançado, apesar de não consolar a dor da perda que seus familiares ainda vivem. 

“Felizmente, tive diante de mim, pessoas de alto nível emocional e intelectual, as quais me deram não apenas mais uma grande lição, como me comprovaram literalmente, que a justiça existe, restabelecendo a paz, deixando claro a todos, que o crime não compensa, e que os homens bons existem, e ainda bem, são a maioria”, reconheceu a professora. 

Sentença
Com o tribunal lotado, o julgamento chegou a ter momentos que chegaram a criar indecisões até mesmo para o Juiz. 

Família do ex-vereador: satisfeita com o resultado do julgamento
“A defesa dele (do acusado) tentou de todas as formas transferir a culpa para o comparsa e confundir os jurados, mas as testemunhas foram firmes”, contou Renilce, que reconhece esse mérito vitorioso de ter ficado à frente da ação para inúmeros profissionais – em sua maioria, da área jurídica – que acreditaram na capacidade institucional da justiça brasileira. 

“Diante da cultura jurídica brasileira de impunidade, saímos muito satisfeitos, mesmo entendendo que um bandido daquele mereceria mais de cem anos de prisão”, disse Renilce, que ainda continuou: 

“A estes homens do bem, que deixo o meu reconhecimento ao Corpo de Jurados, aos admiráveis Promotores da Justiça Dr. Daniel (titular) e Francisco, (Promotor de Chaves) ao nosso Advogado e amigo da família, Dr. Ronilson Barriga e assistentes e ao brilhante Juiz de Direito daquela Comarca Dr. Eric Figueira, que afirmou que lutará para a condenação de qualquer crime, em primordial, aqueles contra a vida”. 

Vale ressaltar que o principal acusado foi condenado a 16 anos e três meses de prisão em regime fechado, seguindo para a Penitenciária de Breves (PA), onde já vem cumprindo pena há mais de um ano.

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