Além do transtorno, obra estadual já virou caso de polícia

Lamaçal formado devido serviço público.
Uma obra que vem sendo realizada na Rua Deodoro da Fonseca, no bairro Paraíso, vem causando diversos problemas de acessibilidade, que estão sendo constantemente alvo de reclamações por parte dos moradores das proximidades. 

Sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), os serviços tratam da ampliação da rede de distribuição de água que sai da Estação de Tratamento (ETA) no bairro para atender os moradores de bairros mais distantes da ETA, como Fonte Nova, Mutirão e Parque das Laranjeiras. 

Porém, ainda na via de saída da captação (Rua Deodoro da Fonseca, cruzamento com a Avenida Santana) que as reclamações já começam. Como as obras envolvem a implantação de tubulação subterrânea, foi necessário que a empresa-responsável pelos serviços abrissem extensas valas para a colocação de manilhas e outros materiais, sendo que a abertura dessas valas chegaram a obstruir o acesso de alguns moradores às suas casas. 

“Começaram um serviço sem verem que a rua e a frente das casas tem um limite, e quem sofre somos nós que dependemos deles”, reclamou o pedreiro Amiraldo Batista, que reside na Rua Deodoro da Fonseca, e alegou está sofrendo pelo lamaçal que se formou nesse período do ano (chuvoso) na rua, tudo em razão da referida obra. 

Obra começa na saída da ETA no bairro Paraíso.
“Eles vão abrindo caminho pra nova rede de água, mas não sabem em qual cruzamento devem continuar”, continuou. 

Segundo apurou o blog, a obra vem seguindo três frentes de trabalho, que seguem por pelo menos três (03) avenidas para que possa agilizar no andamento da obras. No entanto, o andamento da obra não vem exatamente seguindo o que teria sido estabelecido em planejamento. 
“Na minha opinião, eles deveriam concluir a extensão da rede numa rua para depois dar continuidade em outra, mas pelo que se percebe, estão seguindo uma linha de trabalho que não dá para entender”, disse o pedreiro. 

Caso de polícia
Amiraldo ainda revelou que a situação do péssimo andamento da obra chegou ao ponto dele solicitar a intervenção da polícia. 

“Um dia pedi para eles (trabalhadores da obra) não deixarem que a terra (retirada durante o serviço) fosse jogada em cima do meu pátio. Quando retornei de um compromisso, vi que a terra foi jogada pra cima do pátio. Não esperei, fui lá falar com o encarregado que não estava no momento”, detalhou o pedreiro, que ainda teria discutido com outro responsável dos serviços, que teria lhe ofendido com palavras grosseiras. 

“Como o encarregado não estava, um outro cidadão pulou dizendo que eu mesmo teria que me virar pra tirar a terra, e que não era obrigação deles. Precisei chamar a polícia”, contou. 

Amiraldo disse que momentos antes da chegada da viatura da polícia, dois trabalhadores da empresa-responsável foram até sua residência e adiantaram a retirada da referida terra. 

“Eles sabiam que estavam errados e procuraram logo se corrigirem”, falou. 

Procurado pela reportagem, a assessoria de comunicação da Seinf informou que parte da obra compete à Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), e que devido alguns atrasos de repasse, a sua conclusão está prevista ainda para esse 1º semestre der 2016.

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