“Canário” confirma a programação para comemorar seus 60 anos

Diretoria do "Canário" reunida para tratar das
comemorações ao "Jubileu de Diamante" do clube
A diretoria do Santana Esporte Clube – também conhecido como o “Canário Milionário” – vem a público informar sobre a programação festiva que está confirmada para ser realizada no final deste mês, para comemorar o “Jubileu de Diamante” de uma das entidades esportivas mais respeitadas e conceituadas do esporte amapaense, que no próximo dia 25 de setembro fará 60 anos de fundação. 

De acordo com sua coordenação, foram agendados dois eventos que seguirão de praxe o mesmo estilo comemorativo que era realizado pelo clube quando ainda era patrocinado por uma mineradora que se manteve no Amapá até o final do século XX (a Indústria e Comércio de Minérios S/A – ICOMI). 

Entre os dias 25 e 27 de setembro, haverá festas e domingueiras dançantes, assim como o lançamento de um livro biográfico que registra o legado familiar e esportivo de uma das famílias mais conhecidas respeitadas pelos moradores da Vila Amazonas, quando ali residiram entre as décadas de 1950 e 1970 (a família “Trevisani”). 

“Estamos fazendo de tudo para deixar essa programação na história do clube, mesmo a gente não condições financeiras e nem patrocínio público para realizar um evento desse tipo”, disse Kátia Abrantes, que integra a diretoria do clube santanense e coordena a realização do evento. 

Baile Dançante
Segundo Kátia, será realizado um baile dançante no dia 25 de setembro (sexta-feira), como forma de lembrar os chamados “Anos de Ouro” que a entidade proporcionou grandes eventos para a sociedade amapaenses, onde na ocasião será exibido um histórico do clube, assim como também haverá diversas homenagens a pioneiros que ajudaram institucionalmente a agremiação a alçar suas conquistas, tanto no âmbito social, como no esportivo. 

“Estamos desde o início do ano mantendo contato de dezenas de ex-funcionários da ICOMI que já estiveram morando no Amapá, e comunicamos sobre essa programação que ocorrerá. Muitos desses pioneiros já não estão mais vivos, mas seus filhos confirmaram a vinda para a programação e isso nos deixa muito feliz”, disse Kátia. 

O baile acontecerá na antiga sede do clube, localizada na Vila Amazonas, marcada para iniciar às 22hs. “Apesar de hoje a sede não pertencer mais ao clube, conseguimos negociar com o Sesi (atual arrendatário do local) a liberação do espaço para melhor formalizar e ambientalizar o evento para aqueles que um dia já frequentarem o clube”, comentou. 

O acesso ao baile fica a cargo da aquisição (compra) de uma mesa para o evento, o que vem sendo bastante procurado por diversos interessados. 

“Muita gente tem me ligado para reservar uma mesa para o evento, pois querem rever algum conhecido do tempo da ICOMI, ou relembrar os tempos marcantes que o clube esteve realizando seus eventos anuais como Carnaval, Festa junina, páscoa icomiana e muitas outras comemorações que enchiam a sede do clube. Não imaginei como a nossa história ainda é valorizada”, empolgou-se Kátia, que ainda oferece a reserva de mesa para quem estiver interessado em participar do evento. 

A mesa familiar está composta por quatro (04) lugares, saindo ao preço simbólico de R$ 100 (cem reais), bastando ligar para Kátia Abrantes no celular 99187-2759. 

Domingueira
Ainda de acordo com Kátia Abrantes, as comemorações do “Jubileu de Diamante” do clube mais antigo da cidade portuária encerram no dia 27 de setembro (domingo), onde será feita diversas homenagens às personalidades do esporte amapaense, que contribuíram levando o nome do clube no peito. 

“Vamos fazer uma domingueira que será aberta para todos que quiserem levar a família ao evento, onde ali homenagearemos vários ex-jogadores e ex-diretores que estiveram à frente do clube e ajudaram a escrever a sua história”, disse Kátia, ainda acrescentando que a programação marcada para o domingo terá entrada franca (gratuita), ficando o consumo por conta dos presentes. 

Livro
Por ocasião do baile agendado pelo “Canário” para o dia 25 de setembro, também haverá o lançamento o livro “A Saga Trevisani”, de autoria de Cléo Farias de Araújo. 

A obra consta de quatro (04) histórias, tendo como cenário a cidade de Macapá (capital) e a então pequena cidade de Santana (quando ainda não era município emancipado do Amapá) nos idos das décadas de 1960 e 1970. 

Os enredos traçam momentos ligados ao empenho futebolístico do clube santanense, registrando fatos biográficos dos irmãos Antônio e Mauro (Trevisani) e de sua família, que vieram para ajudar no progresso social e econômico da região, mas que acabariam também escrevendo seus nomes nos anais do esporte amapaense. 

“São histórias de amor ao clube que revelou os irmãos Trevisani no futebol, um amor fraternal”, postou Cléo Farias, autor da obra, nas redes sociais. 

Clube foi mantido por décadas pela empresa ICOMI.
O Clube
Fundado no dia 25 de setembro de 1955, o Santana Esporte Clube foi idealizado por um grupo de trabalhadores da ICOMI (empresa que havia na época ganhado a licitação para exploração de minério de manganês da região de Serra do Navio pelo prazo de 50 anos), e que também seria sua principal mantenedora institucional (patrocinadora) por longas décadas. 

Ainda no início da década de 1960 ganharia o apelido de “Canário Milionário” por vestir um uniforme com as cores verde e amarelo (símbolo da nação), e ser o clube oficial do Grupo CAEMI no Amapá. 

Chegou a erguer um patrimônio invejável por outros clubes do então Território Federal do Amapá como também de clubes do Norte do Brasil: um clube social contendo piscinas olímpicas, sede recreativa para shows e outros eventos, assim como um dos estádios de futebol mais bem equipados do Norte (considerado em 1968 por uma revista de circulação um dos estádios mais bem estruturados e equipados do Brasil). Conquistou cinco títulos do Campeonato Amapaense de Futebol nos anos de 1960, 1961, 1962, 1971 e 1985. 

Em 1998, o clube foi dissolvido por não haver mais condições financeiras de se manter, ficando no ostracismo esportivo por quase uma década. 

Em 2009, o “Canário” seria reorganizado pelo desportista Gerson Fernandes, retornando ao futebol amapaense e conquistando o título de vice-campeão naquele ano. Atualmente o clube santanense está sob a presidência de Aristeu Valente.

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